segunda-feira, 26 de maio de 2014

A propósito das europeias

Não fui votar. 

"Vou votar no mais giro", disse à minha rica-sogra.
"Naquele do coração?"
"Não! Não é no partido com o símbolo mais giro. É mesmo no candidato mais giro."

Pela primeira vez, não me dei ao trabalho de sair de onde estava para ir às urnas e marcar a cruz. Não honrei quem lutou e se sacrificou pelo meu direito a escolher, quem lutou para que ontem eu pudesse optar por não votar.
Não votar nas Europeias, para mim, equivale à importância que damos às notícias. As que nos tocam mais, são as que nos estão mais próximas. Por isso voto, com entusiasmo, nas autárquicas, nas legislativas e nas presidenciais. Votar nos candidatos das europeias é votar em alguém que depois se esquece durante quatro longos anos. É mais ou menos como o sistema solar: sabemos que estão lá, mas não nos ralamos com eles para nada. Só por isso fico satisfeita com a eleição de Marinho Pinto. Ao menos desaparece por uns tempos. Tenho pena é pelo João Ferreira da CDU. No fundo, no fundo, se calhar não fui votar para que ele continuasse no parlamento português. Ele, que era o candidato mais giro. Perdão, o único candidato giro.

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